Novamente erro de medicação envolvendo o metotrexato

Os erros de prescrição envolvendo a frequência de utilização do metotrexato estão entre os erros mais comuns relacionados a utilização desse medicamento. Por se tratar de um medicamento potencialmente perigoso, falhas no processo de sua utilização representam um risco aumentado de provocar danos significativos aos pacientes (Leia mais).

O ISMP Brasil ressalta a importância de alertar e informar os profissionais de saúde sobre os riscos graves da sobredose do metotrexato e da adoção de práticas seguras para prescrição, dispensação e administração. Além disso, é fundamental realizar a orientação e educação do paciente e familiares sobre a posologia adequada e os riscos associados ao uso incorreto deste medicamento.

No último dia 10, foi noticiada a condenação de um médico e um farmacêutico, na França, em função de um erro de prescrição do metotrexato. O erro ocorreu com uma paciente com dores nas articulações, para a qual foi prescrito o uso de quatro comprimidos por dia de metotrexato 2,5 mg durante seis meses de tratamento, sendo a dose recomendada de cinco comprimidos por semana.

A alegação do tribunal foi de que, similar ao que determina a legislação vigente no Brasil, o Código de Saúde Pública francês define que ao farmacêutico cabe dispensar os medicamentos integralmente, observando detalhadamente os aspectos técnicos da prescrição. Assim, tanto quanto o médico que prescreveu o medicamento, o farmacêutico é responsável por garantir o acesso e uso correto do medicamento prescrito.

Os erros mais comuns envolvendo metotrexato oral, os riscos associados e as recomendações gerais para uso seguro deste medicamento estão descritos no Boletim ISMP Brasil de 2012 (Clique aqui). Recomendações importantes também podem ser encontradas no documento “2016-2017 Targeted Medication Safety Best Practices for Hospitals“, do ISMP EUA.

Ajude a divulgar as recomendações de segurança para prevenção deste tipo de erro!

Segurança do Paciente: Um compromisso de todos!

por Raissa Carolina Fonseca Cândido