ISMP EUA divulga lista 2016-2017 de práticas para a melhoria na segurança do uso de medicamentos específicos em hospitais

O ISMP EUA já divulgou o “Targeted Medication Safety Best Practices for Hospitals” para 2016-2017. Você conhece essa iniciativa?

Visando identificar, estimular e mobilizar os profissionais de saúde na adoção das melhores práticas para tratar questões específicas na segurança de medicamentos que, ainda, causam erros graves ou fatais em paciente nos Estados Unidos, o ISMP EUA elaborou esse documento com sugestões de metas a serem alcançadas por hospitais nos próximos dois anos.

As práticas sugeridas são já foram adotadas com sucesso em diversas instituições, e revisadas por um grupo de especialistas externos  e aprovadas pelo conselho científico do ISMP EUA. Embora sejam práticas destinadas ao ambiente hospitalar, algumas podem ser aplicadas em outros ambientes de assistência a saúde.

São 11 práticas sugeridas no documento, sendo algumas metas revisadas de 2014-2015 e outras (números 7 a 11) são novas metas para 2016-2017:

Dispensar vinCRIStina (e outros alcaloides da vinca), em bolsa para infusão com solução compatível. Não dispensar em seringa.

  1. Utilizar um padrão de regime de dosagem semanal para metotrexato oral, em sistemas de prescrição eletrônica.
  2. Exigir a verificação rigorosa de uma indicação oncológica para todas as prescrições diárias de metotrexato oral e fornecer educação espefícica para o paciente e/ou família na alta hospitalar.

Pesar todo paciente na admissão, no ambulatório ou serviço de emergência. Evitar o uso de peso estimado ou histórico.

Assegurar que todos os líquidos orais que não estão disponíveis comercialmente como produtos de dose unitária sejam dispensados pela farmácia em uma seringa para uso oral.

Adquirir dispositivos de dosagem de líquidos orais (seringas orais/copos/conta-gotas) que mostrem apenas a escala métrica.

Eliminar o ácido acético glacial de todas as áreas do hospital.

Separar, isolar e diferenciar todos os agentes bloqueadores neuromusculares de outros medicamentos.

Administrar perfusões endovenosas de medicamentos potencialmente perigosos por meio de uma bomba de infusão programável, utilizando software de redução de erros de dose.

Assegurar que todos os antídotos, medicamentos para atendimento de emergências estejam prontamente disponíveis nas instituições e disponibilizar instruções de utilização/administração em todas as áreas clínicas onde estes são utilizados.

Eliminar todos as embalagens de 1.000 mL de água estéril (ou de “injecção”, de “irrigação”, de
“Inalação”) de todas as áreas fora da farmácia.

Em caso de composição de preparações estéreis, executar uma verificação independente para assegurar que os ingredientes adequados (medicamentos e diluentes) foram adicionados, incluindo a confirmação da quantidade apropriada (em volume) de cada um dos ingredientes antes da sua adição ao recipiente final.

O documento completo está disponível em: http://www.ismp.org/tools/bestpractices/default.aspx

E se você, no hospital em que trabalha, ainda não colocou em prática as sugestões para 2014-2015 (Best Practice 1-6), O ISMP Brasil, assim como o ISMP EUA, propõe que estas medidas sejam implementadas nos estabelecimentos de saúde brasileiros.

por Raissa Carolina Fonseca Cândido